A malária ou o paludismo é uma doença disseminada a nível mundial, com especial prevalência em países tropicais na linha do Equador e que afecta, todos os anos, cerca de 230 milhões de pessoas, das quais resultam cerca de 430 000 mortes. Com cerca de 5 milhões de casos e quase 12 mil mortes no ano de 2018, a malária é considerada a principal causa de morte em Angola.
O Dia Mundial da Luta contra a Malária é todos os anos celebrado a 25 de Abril e, considerando que actualmente se enfrenta a pandemia do SARS-Cov-2 em todos os continentes, é importante recordar que é necessário continuar o combate a doenças potencialmente fatais, já disseminadas pelo continente africano – como é exemplo a malária. Os principais sintomas da doença manifestam-se entre 10 a 15 dias após a picada do mosquito e são febre, fadiga, vómitos e dores de cabeça sendo que, em situações mais graves, poderão evoluir para icterícia, convulsões, coma ou morte. Na maioria dos casos, o sintoma clássico designa-se por paroxismo – alternância cíclica entre a sensação súbita de frio intenso e calafrios por pico de febre e sudação.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, face ao ano de 2018, é provável que o número de mortes associadas a malária duplique, por disrupção das campanhas de sensibilização, diagnóstico, tratamento e prevenção oferecidas à população da África subsariana, bem como o cessar da distribuição de insecticidas, repelentes de insectos, redes mosquiteiras e tratamentos anti-maláricos, em consequência da pandemia COVID-19.

A Tecnosaúde, ciente do panorama actual em que vivemos, assume uma posição de reconhecimento do impacto que a malária tem em Angola e, deste modo, alerta a comunidade para a importância de vigilância não só da pandemia COVID-19, como também de outras doenças com alta incidência no continente africano. É, assim, importante não negligenciar doenças como a malária em detrimento de outras.